Ainda estamos impressionados/perplexos com a Índia. É tudo diferente do que lemos/estudamos e também tem o fuso horário. Com isso, ainda vão conseguimos definir o que estamos achando. É tanta informação, com tanta gente, com tanta buzina, com tanta cor, com tantos tuktuk (nome dados pelos locais para o híbrido de moto, táxi e casinha que anda), que eu ainda nem sei o que dizer...
Delhi tem um cheiro diferente e adocicado, que eu ainda não consegui definir: uma mistura de óleo de fritura, incenso e de história. Às vezes, enjoado; às vezes, sedutor. Se eu conseguir definir isso melhor, eu aviso. Sabe fumacinha mágica vermelha que hipnotiza em desenho animado? Tipo isso...
Rua do nosso hotel:
Vista da janela do nosso quarto:
Mas vamos ao diário de viagem: no café da manhã, conhecemos o Mark McGill, irlandês, que largou o emprego de programador para "viver a vida"e está viajando pelo mundo. Nos juntamos e fomos para um city tour combinado com um motorista do hotel, por alguns pontos turísticos:
- Jami Masjid, a maior mesquita da Índia, onde um menino pediu para eu e o irlandês posarmos para ele e tivemos que pagar 200 rúpias só porque estávamos com máquina nas mãos;
- Red Fort, uma mistura de coreto de praça anabolizado com a muralha da China a 250 rúpias (mas nós não entramos);
- Raj Ghat (um parque Ibirapuera em volta do túmulo de Ghandi sem uma sombrinha sequer);
- India Gate, um Arco do Triunfo que homenageia soldados mortos nas II Guerra Mundial e em uma contra o Paquistão. Ele "começa" uma avenida que leva a Vijay Chowk.
- Vijay Chowk, a rosada, imponente e magnífica Esplanada dos Ministérios indiana e por fim;
- a um shopping, para a gente comer. "Obviamente", shopping aqui não é "espaço climatizado com grande variedade de lojas e restaurantes" e sim "lugar onde empregados da indústria do turismo levam turistas pra comprar e ganhar comissão". Daí, ele nos levou a Connaught Place, a Savassi daqui. Fomos atacados, ops!, abordados por uns rapazinhos abusados, do tipo "atóron o perigo", mas fomos salvos pelo motorista. A pele branca (do irlandês) fascina/seduz/tira o povo do sério. Aliás, o olhar deles de curiosidade/desejo/inveja/tesão é um caso a parte. Já cansados e com fome, pedimos ao motorista pra nos levar de volta para o hotel. Isso já eram 16h!
De volta ao hotel, resolvemos ir por nossa própria conta a um shopping. O gerente do hotel anotou o endereço e fomos para a nossa primeira aventura na Índia. Combinamos o preço com um tuktuk (50 rs/Us$ 1, pelos 3). Até então, eu nunca soube o que é viver perigosamente...
Fiquei sabendo depois que ele desligou o tuktuk numa curva e abriu o mapa para tentar explicar que o shopping que do gerente nos indicou era longe e estava fechado porque era domingo, e o sinal abriu e o povo buzinando atrás, e ele mostrando o mapa. Daí, o irlandês falou em "shopping mall". O fofo riu de uma orelha até na outra e disse que nos levaria a um lugar em Connaught Place. E onde era o lugar? A mesmíssima loja (de tecidos e souvenires do Opash de antes).
Explicamos o ocorrido anterior e o irlandês falou as palavras "tourism office". O tio do tuktuk mostrou o mapa, pediu mais 30 rs e nós, em nossa vasta variedade de opções, concordamos. Ele andou 2 quarteirões e pronto! Chegamos ao Tourism Office!
Esse foi um dos momentos mais tensos até agora. Quando chegamos para pedir informações, o Mark disse que tinha vindo sem data pra voltar, que queria fugir de Delhi (barulho + calor) e estava pensando em ir para o Himalaya para descansar e se ele, Mustafa, poderia ajudar em alguma coisa. Pra quê... Ele disse que sim e veio saber dos nossos planos. Quando dissemos que queríamos ir para Jaisalmer (50 graus a sombra) e não para as montanhas como ele sugeriu ao Mark, o homem falou igual a um não-sei-o-quê...
E olhar "instinto assassino" de fome do Luciano? Pelo que eu conheço da peça, eram quase 18h, e ele sem comer por mais de 4 horas: praticamente uma bomba-relógio e o homem falando, tentando nos convencer a ir para as montanhas. Pra cada argumento meu, ele rebatia com outros 10. E o pior é que a gente tinha que ouvir o cara, que era o responsável pela "Delhitur" daqui. Ele nos convenceu a fazer todo o nosso roteiro por lá, e não via agências ou hotéis.
Pedimos um tempo e fomos num Subway (aqui também tem!) comer e esfriar a cabeça. Voltamos pra Delhitur, falamos dos nossos planos e dissemos a ele que voltaríamos no dia seguinte. Pegamos um tuktuk e voltamos para o hotel. Por hoje, é só.
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Um comentário:
Ainda bem que contou qto vale uma rúpia.... eu ja tava ficando curioso.
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