quinta-feira, 28 de maio de 2009

11.05 - Agra > Satna/Khajuraho

Acordamos, tomamos café e fomos fazer a ginástica das mochilas. Na bagagem de mão, colocamos tudo que iríamos precisar no dia e no mochilão, o resto. Lucky nos pegou e nos deixou no outro hotel. Quando ele foi embora, Luciano se deu conta que tinha esquecido a sunga. A recepção do hotel não estava autorizada a fazer interurbanos, já que um dos celulares dele era de Delhi. Tivemos que sair do hotel e procurar uma loja de 'ligações telefônicas' para tentar falar com ele.

Fomos atendidos pelo Samir, um menino de uns 12 anos. Na classe 'vendedores', ele foi o que de melhor vou me lembrar daqui e se um dia tiver condições e for montar um negócio, o quero como meu gerente.

Ligamos, mas o cel estava fora de área. Ligamos pro Mustafa em Delhi e deixamos recado com ele, para o Lucky voltar. Daí, tivemos que esperá-lo. Meia hora depois, me lembrei que ele tinha me dado um caderno, no qual todos os passageiros dele escreviam tipo um depoimento sobre ele, e que nesse caderno, tinham outros contatos dele. Luciano conseguiu falar com ele que, minutos depois, chegou com a sunga. Passamos o dia na piscina, sem a menor idéia do que viria depois...



Lucky nos pegou no hotel e nos deixou na estação de trem. Aí começou a espera. Eram umas 17h e nosso trem sairia as 19h45. Até aí tudo bem. Deu 19h e o painel com os horários não mostrava nosso trem. 19h45 e nada e nós tensos. O tio da estação disse que era pra gente relaxar e esperar. E nada do trem lindo (igual ao que pegamos pra ir pra Amritsar) chegar. De repente, o tio avisa que o nosso é o próximo a encostar. Quando ele chegou, eu olhei para o Luciano e pensei: agora fudeu! Corremos para achar o vagão e os assentos. Quando entramos no vagão, eu achei que era pegadinha. Os nossos lugares eram num beliche com cortina; um em cima e outro embaixo.

Ainda não estávamos acreditando. Daí, veio o condutor e confirmou. Foi essa a hora em que pensei, pela primeira vez, em largar tudo pra trás, antecipar a passagem e voltar para o Brasil. Ficamos uns minutos sem saber o que fazer, mas o lado racional teve que se manifestar e respiramos fundo, olhamos um para o outro e - momento romântico - nos tocamos que a partir de então, é um com o outro e pronto! Arrumamos as coisas, nos ajeitamos e tentamos aproveitar a viagem.

Cara de pânico






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