Outra noite mal dormida... Acordamos com um malinha do staff batendo na porta, perguntando se tinha alguma coisa pra lavar. Deu vontade de responder que eu ia lavar a mão na cara dele. Horas depois, outro bate na porta, falando que tinha uma ligação pra nós e se íamos tomar café. Estranhamos e descemos. Perguntei se alguém tinha ligado e a resposta foi negativa. Das duas, uma: ou ele queria ver a gente ou queria tirar algum dinheiro, cobrando alguma coisa a mais. O atendente perguntou o que queríamos e eu respondi: "o que for de graça e fizer parte da nossa diária". Fiquei surpreso ao ver que ele trouxe apenas 1 porção de cada item, como se não houvessem 2 pessoas na mesa. Fiquei sem saber se era burrice ou má vontade ou as duas coisas juntas...
Subimos, arrumamos as coisas, fizemos o check out e saímos pra pegar um táxi. O primeiro não quis negociar. Fomos andando e parou outro. Luciano conseguiu a corrida por 70 rs. Ele perguntou pra onde e eu respondi YMCA. Ele perguntou de novo e eu disse ok. De repente, ele parou num lugar que fica atrás de onde a gente tinha olhado o preço. Achei que era outra entrada, pagamos o tio e entramos. Tinha uma recepção toda arrumada, mega ar-condicionado, tudo lindo. O gerente perguntou se eu não queria ver o quarto e eu disse que não e que já tinha visto no dia anterior e ele respondeu que não, que era a minha primeira vez ali. Perguntei o preço da diária e ele passou um valor diferente. Peguei o folheto do YMCA e mostrei pra ele. Ele abriu a gaveta e me deu outro folheto. A recepcionista olhou e me mostrou o detalhe: aquela recepção era do Y-W-CA, Associação Cristã de Moças, e não Y-M-CA, Associação Cristã de Moços, e que uma dava de fundos pra outra. Detalhe tão pequeno de nós dois!
Comparando as informações, descobrimos que seria mais vantagem ficar com as mocinhas, porque a diária era 300 rs mais cara, mas tinha café da manhã e jantar. E por esse valor, na rua, não conseguiríamos fazer duas refeições. Sorte total. O único 'senão' foi o pagamento adiantado. Colocamos a tranqueira no quarto e fomos bater perna. Agora, é só alegria.
Almoçamos, fomos comer uma sobremesa num café daqui, chamado Theobroma. Comi a melhor torta mousse de chocolate com laranja do Universo. Inigualável. Mumbai me surpreende cada vez mais. Voltamos para a Associação. Soneca, banho e jantar: mais uma vez, tenho que agradecer ao taxista que, por não me entender, me trouxe aqui. Comida indiana com pouco condimento, num buffet honesto. Enfim, tranqüilidade para aproveitar melhor o final da viagem.
Depois, fomos tomar um chope no Leopold e comprar água. Não rendemos muito, pois amanhã tem o ônibus do city tour. Mico do turista (ou não) é a chance de ver/passar por todos os pontos turísticos de Mumbai de uma só vez. Acho que vai ser bacana.
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