quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O cruzeiro: como tudo começou

Tudo começou com um sorteio, no dia 14 de novembro. Foi num dia em que a Josefine estava vazia e estávamos comemorando o aniversário de um amigo. E olha que foi o único, em toda minha vida, que valeu a pena.

De repente, o telão ou que o proprietário da cartela de número 6317 deveria comparecer à cabine do DJ. Várias pessoas conferiram a minha cartela para ver se era, mesmo, o número sorteado e a última delas, o Valtinho, anunciou: “você acabou de ganhar um cruzeiro, com tudo pago, a não ser bebidas alcoólicas e o traslado BH/SP.” Continuei fazendo cara de paisagem e de fui lacônico: “tá, e agora? Cadê a câmera escondida? Que horas você vai terminar com a pegadinha?” E ele: “você não tá acreditando, né?” Obviamente, eu não estava.

Fomos à chapelaria, ele preencheu um formulário com meus dados, chamou a fotógrafa da casa e fez aquela foto-padrão comigo, mostrando o certificado. Voltei para junto dos amigos que: primeiro, também não acreditavam e segundo, achavam que era pegadinha. O problema era que o prêmio era pra uma pessoa – e Luciano, nessa estória? –, e eu não sabia como resolver o impasse. Fui pra casa esperando que o céu se abrisse, que as trombetas soassem, ou sei lá o quê acontecesse pra me fazer acreditar que era verdade.

Como a correria em novembro estava monstra, disse a mim mesmo e ao Lu que só iria pensar no que fazer em janeiro, depois que o tumulto do final de ano passasse. O Natal passou, o Revéillon passou e janeiro chegou. Tava na hora de resolver como fazer com a casa e com os cachorros.

Mandei um email pra alguns amigos e só um, o mais animado, respondeu: “que estória é essa de cruzeiro gay e que você não me convidou?” Quando contei do que se tratava, foi categórico: “e quando eu passou o cartão de crédito?” Foram dias de ansiedade, por parte de ambos, até que a coisa foi definida.

O pessoal da PromoAção – fofos! – estavam ocupados e o amigo animado e muuuuuito ansioso, de agora em diante, Júnior, contatou uma amiga que era agente de turismo (em Brasília!) e comprou a cabine, junto com o Luciano. Eu ainda estava tenso porque o navio sairia de Santos na sexta, 5/2, e os meninos já tinham recebido seus vouchers-contratos-e-seguros e eu, nada. O email-luz da Roberta da PromoAção chegou no dia 29, falando meio que: “relaxe e goze e esteja em São Paulo no dia 5 de manhã”. Ou seja, chegou a hora de ir.